Anne Caroline Silva da Costa, de 17 anos, adora contar histórias. As próprias e as dos livros infantis. Ela desenvolveu técnicas para atrair a atenção das crianças quando participou do projeto Contando História, da Fundação Criança, autarquia da Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC, onde mora. Na sua casa, no Jardim Calux, estão suas principais ouvintes, suas “cobaias”, como ela define: as duas irmãs, Sofia, de 2 anos, e Julia, de 4. “Nunca conto uma história sem antes treinar com elas. O segredo para contar uma boa história é se misturar com as crianças, se dispor a sentar no chão e contar de coração aberto, porque a criança é pura”, diz Anne. Segunda ela, as meninas adoram os contos e interagem com as histórias.
Para garantir a "audiência" dos pequenos, Anne diz que valem fantoches, fantasias ou trilha sonora. "Tudo isso ajuda a chamar a atenção da criança, principalmente aquelas que não estão próximas de você durante a contação. Cada pessoa tem o seu artifício." Anne lembra que uma "isca" para atrair as crianças menores são os livros com imagens coloridas, em autorrelevo ou com | sons. Segundo Anne, a arte exige paciência porque, para garantir a atenção das crianças e chamá-la para dentro da história, antes é necessário ganhar sua confiança. “No começo, elas estranham um pouco, mas depois se rendem e pedem as histórias de princesas, dragões e outras.” Apesar de já ter concluído sua temporada no projeto que atende cada jovem por, no máximo, um ano, Anne vai continuar contando histórias nas bibliotecas das escolas infantis de São Bernardo. Mas agora como voluntária. A atividade voluntária é necessária para que ela consiga bolsa de estudo no curso de letras em uma universidade particular de São Caetano do Sul, na qual ingressou neste ano. Filha de uma dona de casa e enteada de um metalúrgico, Anne diz que, no bairro onde vive, é comum ver jovens em festas regadas a álcool e drogas. “É a ‘vibe’ dos jovens”, diz. Para ela, esses jovens não têm orientação sobre qual caminho seguir. “Há oportunidade para todos, mas o futuro depende do caminho que eu vou tomar. Meus interesses poderiam ter sido diferentes, se não fosse o projeto.”
Carreira de escritora - Anne também gosta de escrever. Desde | os 13 anos, escreve contos, além de gostar de ler obras de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Aloísio de Azevedo e Clarice Lispector. A garota conta que, quando entrou no projeto, aos 16 anos, o gosto pela leitura estava “escasso”, mas as atividades nas bibliotecas e os livros a ajudaram a resgatar o gosto. “O projeto é simples, é puro, mas tem uma influência muito grande. É claro que tem muita gente que vai pela bolsa, mas eles te oferecem um leque muito grande de cultura que depois é difícil largar.” O projeto - O Contando História atende adolescentes com idades entre 15 e 17 anos durante um ano com o objetivo de estimular a leitura. Neste período, os participantes recebem uma bolsa de R$ 200 mensais, uniforme, seguro de vida e vale transporte bancados pela Prefeitura de São Bernardo. O projeto foi criado em 2007 ejá atendeu cerca de mil jovens. Em contrapartida, os participantes atuam como contadores de histórias nas bibliotecas infantis das escolas municipais de São Bernardo. Os jovens têm aulas de formação em técnicas de leitura, comunicação e expressão e contação de história; confecção de bonecos com materiais reciclados e teatro. |
Fernando, estamos pedindo que todos/as assinem a petição pública para unificação das carreiras. Já temos 630 assinaturas. Auxilie-nos na divulgação, caso possa. Servirá para todo Brasil. Abraços!
ResponderExcluirhttp://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2012N23660
Abaixo-assinado UNIFICAÇÃO NAS CARREIRAS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA.
Venho solicitar a UNIFICAÇÃO NAS CARREIRAS DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA : Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio.