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quinta-feira, 8 de março de 2012

CLIPPING EDUCACIONAL, QUARTA 29 DE FEVEREIRO DE 2012





Matérias de Hoje
  • Banca com três especialistas dará a nota final da redação do Enem > O Globo - Rio de Janeiro RJ
  • Relatório final sobre PNE será apresentado até 20 de março > Correio Braziliense - Brasília DF
  • Dá para aprender assim? > Estado de Minas - Belo Horizonte MG
  • Prefeitos fazem romaria a Brasília em busca de ajuda para pagar piso de professores > O Estado de São Paulo - São Paulo SP
  • Mercadante vai ao Senado nesta quarta explicar diretrizes da Educação > Portal G1



Matérias
> O Globo, 29/02/2012 - Rio de Janeiro RJ
Banca com três especialistas dará a nota final da redação do Enem
Medida será adotada quando houver discrepância após duas correções do texto
Demétrio Weber
BRASÍLIA. Uma banca com três especialistas dará a palavra final na correção das redações do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em novembro. Atualmente, isso é feito por apenas uma pessoa, sempre que há diferença superior a 300 pontos nas notas atribuídas pelos dois avaliadores encarregados de ler os textos inicialmente. Outra novidade será a redução da margem de discrepância que torna obrigatória a revisão da nota por um terceiro avaliador. Hoje a distância tem que ser superior a 300 pontos. O Ministério da Educação (MEC) ainda não definiu o novo limite, que já foi maior em edições anteriores e vem caindo. Por ora, sabe-se apenas que ele ficará abaixo de 300 pontos, aumentando assim o número de casos em que a nota final será dada pela banca de especialistas.

As mudanças têm como objetivo melhorar o sistema de correção das redações. A cada Enem, participantes acusam os corretores de subjetividade e vão à Justiça na
tentativa de alterar os resultados. O novo sistema de correção está sendo preparado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelo exame. A proposta será submetida ao ministro Aloizio Mercadante, que já anunciou a decisão de mexer na atual metodologia de correção das redações. Mercadante quer diminuir a margem de subjetividade inerente ao processo. A equipe do Inep pretende qualificar os corretores. A ideia é reforçar a capacitação desses profissionais, com ênfase ainda maior nos especialistas que vão compor as bancas.

— Queremos 500 pessoas de alto nível — diz quem acompanha de perto a elaboração da proposta. — Precisamos treinar cada vez mais. Em outra frente, o Inep criará uma comissão técnica com nomes indicados pela Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave). A ideia é que esse grupo apresente sugestões para aperfeiçoar o exame do ponto de vista acadêmico. Um comitê com
representantes de universidades públicas também acompanhará a preparação do teste. O Enem de 2012 será o quarto desde que o exame foi reformulado e passou a substituir vestibulares de universidades federais, em 2009. O Inep chegou a anunciar a realização de duas edições em 2012, mas desistiu. A ex-presidente do instituto Malvina Tuttman assinou portaria nesse sentido e foi demitida por Mercadante, que em janeiro substituiu o então ministro Fernando Haddad.

As últimas três edições do Enem foram marcadas por problemas. A primeira foi cancelada dois dias antes da aplicação do teste, por causa do furto de questões numa gráfica de São Paulo, e acabou sendo realizada meses mais tarde. Em 2010, houve erros de impressão em parte dos cadernos de prova e em todas as folhas de resposta. No ano passado, o MEC anulou o exame de estudantes de um colégio particular em Fortaleza que teve acesso antecipado a questões pré-testadas na escola.

> Correio Braziliense, 28/02/2012 - Brasília DF
Relatório final sobre PNE será apresentado até 20 de março
Agência Câmara
O relatório final do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10, do Executivo), com as metas do setor para os próximos dez anos, será apresentado até 20 de março. A expectativa é votar o texto até o final do mês para enviá-lo, em seguida, ao Senado. As datas foram anunciadas nesta terça-feira (28), na primeira reunião do ano da comissão especial que analisa o projeto. O relator da proposta, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), afirmou que concluirá seu parecer só após o exame de 450 emendas apresentadas pelos parlamentares, mas adiantou que a meta de investimento em educação, prevista no texto, será mantida em 8% de investimento total (que inclui bolsas de estudo e financiamento estudantil) – o que, de acordo com Vanhoni, equivale a cerca de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Para que não haja dúvidas e qualquer mal entendido a respeito dessa meta, vou mudar um pouco a redação. A proposta conterá as duas formas: no mínimo, 7,5% de investimento direto [em relação ao PIB] e 8% de investimento total na educação”, explicou.

O parlamentar disse estar
convencido de que esses percentuais garantirão um “salto de qualidade” no ensino brasileiro. “Esses recursos serão suficientes para uma grande inclusão das crianças de zero a três anos, passando de 1,8 milhão para 6 milhões o número de meninos e meninas atendidos nos próximos dez anos. Além disso, poderemos incluir, em uma década, no ensino superior público, gratuito e presencial, 2,6 milhões de novos universitários”, destacou. O presidente da comissão especial, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), salientou que o texto tem sido bastante discutido, a fim de evitar recursos que possam atrasar sua tramitação. Caso haja recursos, o projeto, que tramita em caráter conclusivo, terá de ser analisado pelo Plenário da Câmara, antes de seguir para a análise dos senadores.

Ministro da Fazenda - Na avaliação dos integrantes do colegiado, o grande entrave para o avanço das discussões está na destinação de recursos para o setor. Os parlamentares cobraram a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ou do secretário-
adjunto da pasta, Nelson Barbosa, para falar sobre as hipóteses de financiamento. Coimbra sugeriu receber Mantega ou seu representante nos dias 6, 7 ou 13 de março. Os deputados também agendaram para 14 de março a presença do Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em reunião conjunta com a Comissão de Educação e Cultura.

Metas - O PNE foi enviado ao Congresso pelo Executivo em dezembro de 2010 e está sendo debatido há mais de um ano pela comissão especial. A maior polêmica da proposta é a meta de financiamento público do setor. Hoje, União, estados e municípios aplicam, juntos, 5% do PIB na área. O governo havia sugerido o aumento desse índice para 7% até 2020, mas entidades da sociedade civil pedem pelo menos 10%. O primeiro substitutivo apresentado por Vanhoni ao PNE trouxe uma série de mudanças em relação ao texto original. Entre as alterações, estão o incremento na remuneração dos professores e a ampliação das metas de atendimento no ensino profissional e na jornada integral de ensino.

> Estado de Minas, 29/02/2012 - Belo Horizonte MG
Dá para aprender assim?
EM percorre escolas de BH e constata temperaturas de até 33,9 graus em salas e de 42,8 graus em quadra de esportes. Alunos, professores e especialistas cobram medidas e dizem que clima quente afeta, sim, os estudos
Flávia Ayer e Glória Tupinambás
Sauna, forno, estufa, chapa quente… Os apelidos são muitos, mas todos usados por estudantes para descrever a temperatura nas salas de aula de Belo Horizonte. Ontem, terceiro dia mais quente do ano, enquanto os termômetros marcavam média de 31,2 graus, as escolas públicas da capital eram ilhas de calor com temperaturas muito acima da máxima registrada na cidade. O Estado de Minas percorreu, com termômetro profissional nas mãos, três unidades de ensino estaduais e municipal e encontrou clima típico de desertos, com ar seco e até 42,8 graus numa quadra esportiva. Dentro de uma abafada sala, o recorde foi de 33,9 graus, apesar de a recomendação de especialistas em conforto térmico fixar a média de 24 graus como a ideal no ambiente escolar. Para tentar ensinar e aprender nessa panela de pressão, alunos e professores apelam para ventiladores, bermuda e camiseta, leques, garrafas d’água com muito gelo, sucos e frutas na merenda. Soluções paliativas que trazem um breve refresco, mas não são capazes de afastar sintomas como dor de cabeça, moleza, cansaço e dificuldade de concentração.

A pior situação foi constatada na Escola Municipal Professor Pedro Guerra, no Bairro Mantiqueira, em Venda Nova. Telhas de amianto recobrem o prédio e levam os efeitos da radiação direto para dentro das salas de aula. Mesmo com janelas e portas abertas e pelo
menos dois ventiladores em cada espaço, a temperatura alcançou quase 34 graus por volta das 16h durante a aula de matemática do professor Humberto Barbosa, de 51 anos. “Se eu viesse para o trabalho de calça jeans, iria cozinhar. Com esse calor, não adianta tentar prender a atenção dos meninos por mais de meia hora, pois ninguém consegue se concentrar”, diz, vestido de bermuda e camiseta.

O termômetro chegou aos insuportáveis 42,8 graus, com umidade relativa do ar de 25%, durante uma partida de vôlei de alunos do 8º ano do ensino fundamental. “Essa temperatura é de febre, de deserto, e quanto mais calor, maior é o risco de desidratação. Estudar nessas condições é o mesmo de estar dentro de uma sauna. Depois de um tempo, há sensação de cefaleia, mal-estar, tonteira, dor nos olhos”, explica o médico Luiz Guilherme Pimenta de Carvalho, da Sociedade Brasileira de Clínica Médica em Minas Gerais. MORMAÇO Sem nenhuma janela na sala de aula da Escola Estadual Barão do Rio Branco, que funciona temporiamente num anexo do Instituto de Educação de Minas Gerais, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, a estratégia dos alunos para driblar o calor são garrafas d’água congeladas. “Há dias tão abafados que é difícil prestar atenção na aula”, diz Rayra Cristina da Silva, de 11, na hora em que o termômetro marcava 29,9 graus, próximo das 14h. O
mormaço não era amenizado sequer pelos ventiladores funcionando a todo vapor.

“O ventilador não diminui a temperatura do ar, apenas tira a umidade da pele e ajuda a transpirar melhor. No entanto, em casos onde o problema é a incidência da radiação, ele não tem muito efeito”, explica a subcoordenadora do Laboratório de Conforto Ambiental (Labcon), da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Iraci Miranda Pereira. “Em BH, o ideal para ambientes é a temperatura em torno dos 24 graus. Para que 90% das pessoas se sintam confortáveis, ou seja, sem fazer nenhum esforço para atingir o bem-estar, a variação deve ser de 2,5 graus para mais ou para menos”, explica, com base em normas e estudos internacionais. Segundo a professora, além de parâmetros como umidade, radiação, velocidade do ar e temperatura, o conforto térmico também é influenciado por fatores como o ruído. “O barulho induz a pessoa a sentir mais incômodo com o calor, por isso nem sempre abrir a janela resolve”, afirma. “O melhor a fazer é procurar um profissional para orientar sobre o conforto do ambiente, pois cada situação é muito variável. De forma geral, o importante é sombrear a sala, evitando a incidência da radiação solar, e ventilar, posicionando as janelas de forma que não recebam sol em excesso”, diz.

> O Estado de São Paulo, 28/02/2012 - São Paulo SP
Prefeitos fazem romaria a Brasília em busca de ajuda para pagar piso de professores
Entidade estima que novo valor, de R$ 1.451, terá impacto de R$ 7 bi se forem levados em conta os aposentados
Agência Brasil
Prefeitos de todo o País estão nesta terça-feira em Brasília para buscar apoio parlamentar e tentar um acordo com o governo federal que permita cobrir parte dos gastos que terão com o pagamento do Piso Nacional do Magistério e a revisão da lei pelo Parlamento. O Ministério da Educação definiu em R$ 1.451 o valor do piso para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse que só o impacto financeiro no cofre das prefeituras com a adoção dos novos salários dos professores será R$ 7 bilhões, se considerados também os gastos com os inativos. "Sem a efetiva participação da União", disse Ziulkoski, o piso vai desequilibrar as contas.

Ele disse que ainda hoje os prefeitos terão encontro com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Eles vão se reunir durante todo o dia no Auditório Petrônio Portella, no Senado. "Nós esperamos contar
também com o apoio dos governadores, mas quem está articulando isso é o André Puccinelli [governador de Mato Grosso]", acrescentou o presidente da CNM. Ziulkoski afirmou que o contingenciamento de recursos orçamentários pela União agrava ainda mais a situação financeira das prefeituras. Ele ressaltou que, por se tratar de ano eleitoral, todas as obras terão que estar em andamento ou com os recursos do orçamento devidamente empenhados.

> Portal G1, 28/02/2012
Mercadante vai ao Senado nesta quarta explicar diretrizes da Educação
Ministro assumiu cargo no lugar de Fernando Haddad em janeiro. Dentre os assuntos que serão discutidos estão Enem e PNE
Do G1, em Brasília
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, irá nesta quarta-feira (29) à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado falar sobre os planos e diretrizes de sua gestão. Mercadante assumiu o Ministério da Educação no lugar de Fernando Haddad no em janeiro deste ano. Segundo a secretaria da comissão, o ministro entrou em contato com os senadores Walter Pinheiro (PT-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR) na semana de sua posse para que ele fosse convidado a ir à comissão. Dentre os assuntos que serão discutidos na audiência estarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Plano Nacional de Edicação (PNE). Sessão desta terça - Na sessão desta terça-feira (28), Comissão de Educação aprovou a troca do nome do Museu Histórico do Senado Federal para Museu Histórico Senador Itamar Franco, em homenagem ao ex-presidente da República falecido em julho do ano passado. O relator foi o senador Pedro Simon. A sessão foi encerrada sem a aprovação de outros projetos por não haver quórum.

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